Alcoolismo

O alcoolismoSeguindo a linha proposta para esta SIPAT, a psicóloga Leni Sagin Perotoni falou sobre a dependência, especialmente do álcool, e a codependência, que é aquela vivida pelos familiares de dependentes. Segundo Leni, estima-se que 95% das famílias brasileiras são vítimas de dependência de álcool ou drogas.
A psicóloga explicou que são consideradas alcoólatras aquelas pessoas que bebem para suprir alguma carência. “Bebendo, o alcoólatra pensa que fica melhor, essa é a fase do namoro dentro das fases da dependência química. Mas logo a bebida traz a depressão e a pessoa começa a ter problemas com a família e em todos os aspectos da sua vida, inclusive no trabalho”, explicou.
O alcoolismo causa muitos prejuízos morais para o dependente, como perda da higiene com o corpo, brigas na família, perda do amor do cônjuge, perda do respeito dos filhos e dos colegas de trabalho, problemas financeiros e perda da confiança do chefe. Esses prejuízos se refletem no ambiente de trabalho, pois o alcoolismo também vai causar faltas, atrasos e saídas antecipadas, acidentes no trabalho, uso constante dos serviços de saúde e afastamentos para tratamentos de saúde, entre outros.
Leni também explicou que a família fica doente junto com o dependente: os familiares sofrem com a codependência. “Codependente é quem convive com o dependente, e em função disso altera o seu comportamento buscando controlar o familiar doente. Ele sofre junto com o dependente e também precisa de ajuda”, explicou, dizendo que o codependente pode desenvolver outros tipos de dependência e problemas psicológicos em função disso.
As conseqüências da dependência e da codependência se refletem também nos filhos. “Desde que está no útero, um filho já é codependente se o pai ou a mãe é dependente”. Segundo Leni, filhos de dependentes vão desenvolver problemas psicológicos como baixa auto-estima, auto-piedade, perfeccionismo, controle, depressão, confusão, ansiedade, culpa, vergonha, raiva e rejeição.